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Pregador ou Contador de Histórias? – O Perigo de Desviar a Mensagem do Púlpito
Por Administrador
Publicado em 06/12/2025 17:19
Artigos

Pregador ou Contador de Histórias? – O Perigo de Desviar a Mensagem do Púlpito

Nos últimos anos, um fenômeno tem se tornado cada vez mais comum nos púlpitos: pregadores que, ao invés de expor as Escrituras com clareza, passam a maior parte do tempo contando histórias pessoais, relatando experiências emocionais, tentando arrancar risos da plateia ou até mesmo tecendo críticas a outros ministérios. É como se a oportunidade preciosa – e séria – de pregar a Palavra do Senhor tivesse se tornado uma vitrine para carisma, criatividade ou autopromoção.

Não é que testemunhos sejam maus, nem que uma breve ilustração não possa enriquecer uma mensagem. O problema surge quando o sermão é construído em torno do pregador, e não da Escritura. Quando a mensagem deixa de ser um “Assim diz o Senhor” para se tornar um “Deixem-me contar o que aconteceu comigo”. Quando o púlpito, que deveria ser um lugar de reverência, se torna um palco.

E isso é grave.

O púlpito não é um programa de auditório

Programas como o Crente Inteligente – que têm a proposta de informar, admoestar, despertar e até entreter – naturalmente utilizam histórias, críticas bem fundamentadas e linguagem mais leve quando o assunto pede. Essa é a proposta. É o formato. É o ambiente certo para essa abordagem.

Mas púlpito não é programa.

Púlpito é campo santo.

No púlpito, espera-se que a Escritura seja o centro, que o pregador seja apenas um instrumento e que Cristo seja o destaque. Ali, o povo de Deus não está reunido para ouvir o senso de humor do pregador, nem para conhecer seus feitos, traumas ou glórias; está reunido para ouvir a voz de Deus por meio da Palavra de Deus.

Quando o conteúdo pessoal substitui o bíblico

Quando o pregador passa mais tempo falando de si mesmo do que das Escrituras, três coisas acontecem:

1. A igreja deixa de ser alimentada

Experiências pessoais não substituem doutrina, exortação, ensino, correção e consolo bíblico. São como aperitivos servidos no lugar da refeição principal.

2. O foco se desloca

O púlpito começa a girar em torno da figura do pregador. E onde o homem é engrandecido, Cristo é ofuscado.

3. A oportunidade é desperdiçada

A chance de abrir a Bíblia, confrontar o pecado, consolar os aflitos e anunciar o evangelho é perdida. E isso é algo pelo qual todo pregador responderá diante de Deus.

Pregadores que estudam e oram nunca ficam sem mensagem

Há quem se apoie em histórias porque tem pouca familiaridade com as Escrituras. Mas nenhum pregador que ora, estuda e vive a Palavra fica sem conteúdo. A Bíblia é inesgotável. Sempre há advertência, consolo, promessa, doutrina, sabedoria e direção.

A falta de foco bíblico não é falta de assunto. É falta de preparo ou falta de prioridade.

O púlpito clama por seriedade

Vivemos dias em que o entretenimento domina, e muitas igrejas cedem à pressão de tornar tudo “leve”, “agradável”, “divertido”. É compreensível que programas de rádio e conteúdo digital naveguem por esses formatos – há espaço legítimo para isso, desde que feitos com responsabilidade cristã.

Mas uma coisa é entreter quando o formato permite.

Outra coisa é transformar o púlpito num espetáculo.

O púlpito exige gravidade, reverência, compromisso com a verdade e fidelidade ao texto bíblico. Ali, não há espaço para vaidade, disputas, brincadeiras forçadas ou apresentações pessoais.

O chamado é simples: voltemos à Palavra

A igreja não precisa de celebridades. Precisa de pregadores que abram a Bíblia.

Precisa de homens que digam o que muitos não querem ouvir, mas precisam ouvir.

Precisa de servos que entendam que o púlpito não é uma oportunidade para causar boa impressão, mas para anunciar o evangelho com convicção.

Histórias podem ilustrar, mas não podem conduzir. Testemunhos podem somar, mas não podem substituir. Humor pode aliviar, mas não pode guiar.

Cristo deve ser o centro. Sempre.

E todo pregador que ama a Deus e ama a igreja sabe disso.

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